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Chapter 24 - Capítulo 24 - Caos no Reino Vampírico

Os efeitos do colar foram sentidos claramente hoje. Com o passar dos dias, graças a estar perto de Alícia, comecei a ser mais sensível à poder mágico, assim comecei a sentir o que o líder da guilda me avisou.

Normalmente magos conseguem sentir esses poderes em longas distâncias, porém nós vampiros não chegamos nesse nível, tenho que estar perto da fonte para senti-la, talvez isso melhore com o aumento dos níveis.

— Então, Ioan está sentido? — Alícia pergunta.

Tento me concentrar, buscando o sentimento que sempre tinha perto dela, mas nada aparece, ela parece um humano com baixo poder mágico agora.

— Não, não estou sentindo nada vindo de você — respondo.

Não custa um milhão de yons por nada. Nossa dívida foi abaixada para novecentos e novento e oito mil, decidi pagar duas moedas de prata pequenas. Posso conseguir cerca de mil yons por dia caçando, mas para isso iria precisar de dois anos e nove meses, o melhor é aumentar meu rank é ir para outros locais com presas melhores. Não podemos ficar aqui por muito tempo.

— Tente usar a cura pequena — falo.

— Okay. — Alícia diz levantando a mão.

Começa a surgir uma luz um pouco azulada.

— Agora encoste ela em meu braço.

— Mas Ioan é um vampiro — responde assustada.

— Vamos apenas testar — sorrio. —, encoste rápido, caso machuque tiramos, eu consigo me regenerar depois.

Ela balança a cabeça em sinal de concordância.

— Três... Dois... Um... — Sua mão encosta em meu antebraço.

No mesmo momento sinto como se minha pele estivesse queimando. Uma sensação estranha, ao mesmo tempo em que a pele machucava ela estava se curando, minha regeneração, que tenho porque sou um vampiro, está sendo cancelada pelo atributo de luz, mas depois de um ou dois segundos a luz muda um pouco, começo a ser curado mais do que ferido.

— Alícia fez alguma coisa? — pergunto. — Estava machucando, mas começou a curar agora.

Ela para a magia.

— Ioan estava queimado, Alícia pensou em curá-lo — responde a garota.

Quando tira a mão ela vê a queimadura e faz uma expressão de tristeza.

— Não se preocupe, irei me curar com minha regeneração, a magia me curou um pouco, porém não parecia que iria me curar cem por cento.

— E se Alícia pudesse usar uma cura mais forte? — diz chegando perto.

— Eu provavelmente morreria. — Dou um passo para trás. — Esta magia está me dando mais dano do que ela pode me curar, com o nível mais alto provavelmente eu iria me curar mais, porém o dano iria ser ainda maior, acredito eu que se fosse uma magia de alto nível eu morreria em um minuto ou menos.

— Alícia não poderá curar Ioan assim.... — diz cabisbaixa.

No momento não, mas...

— Não no momento, mas no futuro provavelmente poderá — respondo.

Vejo sua expressão de dúvida, então começo a explicar.

— Pretendo diminuir cada vez mais minhas fraquezas, uma delas é a magia de luz, para superar isso preciso apenas ter resist��ncia a ela certo?

Ela fica calada por um tempo, tenho certeza que entendeu o que eu queria dizer com isso. Também acho que é uma ideia idiota, mas é a melhor forma de conseguir esta resistência.

— Mas para isso Ioan terá que ficar se machucando.

— Exatamente, por isso estou tentando aprender a magia de água também.

Esta foi a brilhante ideia que tive. Se eu tiver a magia e ficar a usando em mim mesmo, não iria ganhar resistência desta forma? Para testar isso estive usando magia de fogo em meus braços, com o tempo dói um pouco menos, por mais que beire algo imperceptível.

Se eu fosse humano meus nervos provavelmente seriam completamente destruídos, mas essa é mais uma vantagem em ser vampiro, não importa o dano que tome, se eu estiver vivo poderei me regenerar, embora não possa recuperar um membro perdido. É uma boa estratégia, mas sinto que irá demorar bastante.

Ao ouvir minha explicação a garota olha para mim.

— Ioan é masoquista?

— Como? — Acabo falando alto, não esperava por essa.

Ela começa a rir da minha reação exagerada.

— Vamos voltando para a pousada? — falo depois de olhar para o céu.

— Okay — responde ainda rindo um pouco.

E pensar que agora ela consegue fazer piadas dessa forma. Isso me lembra de quando estava no Reino Vampírico. Como será que eles estão?

~Pov Lucio~

— Calma Lucio, porque está correndo tão desesperado?

Me jogo ao ouvir a voz. Ouço o som de duas flechas atingindo o local onde estava a poucos segundos. Olho para frente, o castelo estava tão próximo. Preciso proteger Ruby de qualquer forma.

— Apareçam vocês dois! — grito me virando.

Mais duas flechas são atiradas em minha direção, a primeira consigo desviar com minha adaga, a outra atinge meu ombro esquerdo.

— Parece que minha flecha acertou — Ouço uma voz feminina, conheço-a bem.

— Claramente foi a minha — Uma voz masculina responde.

Moura e Wallace aparecem, estavam em cima de uma casa.

— Vocês... — Tento avançar até eles.

Sou parado, pelo canto do olho vejo um movimento. Consigo defender uma espada, mais um segundo e teria sido atingido em cheio.

— Pensei que morreria com esse golpe — Chloe diz.

— Sua técnica é claramente maior que a minha — falo. — Mas a diferença de status ainda é muito grande.

— Oh?! — Ela faz uma voz surpresa, mas logo em seguida faz um sorriso de canto. — Será mesmo?

Seus olhos ficam vermelhos, o que me surpreende, afinal, ela mantém a cor original normalmente. Sua espada me empurra para trás. Ela está vencendo com força bruta? Pulo para trás.

— Onde conseguiram tal poder? — Entro em posição de combate.

— Você sabe muito bem Lucio. — Chloe responde rindo. — Não se faça de tonto.

— Não se esqueça de nós.

Outras duas flechas atingem as minhas costas.

— Apenas desista e se junte a nós — Ela estende a mão e espera minha resposta.

Apesar de ser Chloe na minha frente, é como se não fosse ela realmente. Então Vlad está de volta, não esperava que acontecesse tão rápido, fomos pegos de surpresa.

— Sinto muito, devo permanecer leal aquela que salvou minha vida.

Ela pula para trás e coloca a espada em posição de luta, antes não estava usando o seu estilo de combate habitual, normalmente luta usando estocadas.

— Ele realmente vai tentar lutar contra nós três. — Wallace fala.

Chloe apertou a espada com mais força quando ouviu minha resposta, um momento de incerteza, esta é a minha chance.

— Eu realmente sinto muito, |Modo Berserk|.

Minha visão se embaça em um instante. Sinto minhas veias quase explodindo, o sangue circula em meu corpo em uma velocidade absurda. Consigo controlar um pouco desta forma, mas não possa garantir que os deixarei vivos quando usá-la, nesse momento estou dez vezes mais forte que antes.

— Eu que deveria dizer... — Ela pula em minha direção, sua velocidade é assustadora. — Sinto muito.

Minha visão escureceu.

~Pov Chloe~

Quando cheguei ao Reino Vampírico percebi uma coisa rapidamente, os vampiros confiam demais em seus status, mas com o tempo acabei mudando de pensamento, estava esquecendo o quão importante é a técnica, porém depois que conheci Ioan e vi sua força absurda aquilo me mudou. Ele tinha muita habilidade, ganhei diversas vezes na luta com espadas, porém lutando a séria conseguia ganhar apenas algumas vezes. Infelizmente Lucio não era um vampiro assim, apesar de entender a importância da técnica ainda ele depende muito de sua força.

— Eu realmente sinto muito, |Modo Berserk|.

Minha ordem foi bem clara, por algum motivo eu estava evitando esta luta...Ah, é verdade, me lembro de quando fui salva por ele, Kay morto no chão, Joe brilhando em vermelho.

— Eu que deveria dizer... —Pulo em sua direção, ele não é forte o suficiente.. — Sinto muito.

Quando avanço ouço algo dentro de mim dizendo "não faça isso", as memórias me atacam, mas meu corpo se move sozinho. Minha espada já estava indo em direção a seu peito, um único golpe e sua vida irá se acabar.

— Não! — Ouço alguém gritando.

No último momento minha mão enfraqueceu um pouco e minha espada abaixa, eram cerca de milímetros, mas fizeram a diferença.

— Que força — Sangue sai de sua boca e ele cai no chão.

Minha mão está tremendo muito, a voz que eu escutei... Não era de outra pessoa, parecia a minha própria voz. Retiro a espada e a balanço para tirar o sangue, penso em guardar a espada na bainha, mas ele não está morto, preciso dar o golpe final. Por que minha mão não para de tremer? Essas são minhas ordens.

— Cheguei a tempo — Uma voz feminina.

Antes que eu possa olhar para quem havia chegado ela coloca a mão na minha barriga.

— Desculpa Chloe, mas não posso deixar você matar Lucio agora — diz Ruby.

Flechas são atiradas em sua direção, porém ela segura todas com a mão livre. Não consigo me mexer. Moura e Wallace aparecem segurando espadas e correndo em nossa direção.

— |Autoridade do Rei| — Ruby fala.

Os dois caem no chão, sinto minhas pernas tremendo.

— Infelizmente não posso te ajudar agora.

— Me ajudar?!

Ela empurra sua mão, a última coisa que pude ver foi ela se virando para ver Lucio, depois fui arremessada por centenas de metros, atravessando vários edifício sem perder a velocidade. Tudo se apaga.