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[Escolhido para ser deus]

🇧🇷DarkerDay
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Synopsis

Chapter 1 - O submundo

Marcos se encontrava flutuando no vazio, completamente despido e emitindo uma fraca luz que nada iluminava. Aquela era a sua alma, a culminação de seu ser e também seu eu mais simples, era como um pequeno vagalume em uma imensidão de trevas. Já se passara muito tempo dês de que ele chegara ali e a muito ele repete para si mesmo as mesmas palavras enquanto vagava por aquilo que ele mesmo chamou de limbo.

Sua aparência ali era a mesma de que em vida, pele morena, olhos castanhos, cabelo preto curto e barba bem-feita, nada de muito impressionante. Apesar de sua aparência simples e calma para alguém preso nas trevas total, ele parecia calmo, a final, já havia aceitado tudo aquilo a muito tempo.

["Se passaram meses? Anos? Eu não sei.... Eu sou.... Não me lembro da minha família.... Sou-era um rapaz de 18 anos, tive uma vida simples e lenta. Todos os dias eu levantei cedo, mas... Da última vez fiquei acordado até tarde, jogando algo como um simulador... Por favor Deus, me perdoe por ter perdido o foco no dia seguinte... Eu... Errei por toda minha vida e ainda agora no limbo esqueço de quem um dia se importou comigo..."]

O silencio ensurdecedor, somente ele falava e quanto mais falava mais sentia-se solitário, preso a um único erro em sua vida, triste e arrependido... ainda assim não enlouquecia, parecia haver algo ou alguma coisa que o impedia de enlouquecer.

A frase que ele dizia para sí mesmo era repetida vez após vez, reafirmando o que um dia foram frases completas, mas, agora eram somente fragmentos dos velhos pensamentos de uma alma perdida na escuridão, porém, tudo isto mudou inexplicavelmente.

["Eu errei, não posso voltar atrás, só vim perceber isto depois de minha morte... Eu deveria ter abraçado quem me era importante, quem me era querido... Como fui esquecer seus nomes e faces? "]

Sua alma então começou a brilhar mais fortemente, como se um fosforo apagado começasse a queimar em uma flama, porém, sem tocar ou queimar o fosforo, porém, aquilo não foi a única coisa a acontecer. Como que se de repente, a treva ao seu redor começou a se distorcer em algo visível, uma sala, aquilo surpreendeu o abatido Marcos, que se viu sem palavras.

Os pisos eram como mármore cinza escuro e liso e se estendiam por vários metros antes de parar na parede, a sala não era pequena e o teto parecia não ter fim, a luz que antes estava somente ao redor de marcos fora ofuscada por uma luz mais forte vinda do centro. No centro da sala o piso elevava-se um degrau e ao topo deste piso mais elevado havia um trono aparentemente feito de ossos. O ser nele assentado era tão assustador que Marcos nem mesmo foi capaz de olhar para a face daquele que ali se assentava vestindo um manto preto. O medo foi tanto que Marcos congelou no lugar.

{???: Finalmente... Achei que nunca iria perceber este erro ínfimo.

Disse com uma voz grossa que se espalhou e ecoou pela sala, suas palavras pareciam ter um peso sobre Marcos, como se cada vez que ele falasse fosse enviado novamente para as trevas de onde saiu, porem, assim como a loucura não lhe foi acometida, ele permaneceu ali, acordado e alerta.

{???: Finalmente se arrependendo pela coisa certa em?

O homem assentado no trono de ossos então apoiou o cotovelo no braço do trono e repousou a mão sobre o punho fechado, inclinando-se um pouco no trono. Soltando um suspiro então ele apontou com o indicador esquerdo e uma energia estranha e esverdeada era enviada na direção de Marcos, que sem poder fazer nada foi envolto naquela energia verde e brilhante que veio do indicador daquele ser assentado no trono.

{???: Eu te permito falar... E também te retiro as limitações do meu reino dos mortos até que saia daqui.

E assim dito, marcos sentiu seu temor se esvair enquanto a energia verde se dissipava no ar, transmitindo agora uma sensação de calma e tranquilidade.

{Marcos: Eu... Isso é muito para processar.

{???: Tente olhar para mim.

Disse num tom monótono, como se já tivesse visto a mesma cena muitas e muitas vezes anteriormente, sua voz soou tão monótona que beirava a decepção.

E assim dito, Marcos que antes estava temeroso não viu problemas em olhar para a figura assentada no trono de ossos, este diferente de marcos era completamente pálido, seus cabelos eram negros e longos, como que se não o cortasse a anos, não era difícil dizer somente de olhar, mas, este se assemelhava aos vampiros que normalmente se via em videogames, isso se não fossem pelos olhos tão verdes que envenenavam até mesmo o ar ao redor.

Olhando para o ser que ele somente poderia chamar de morte depois de ouvir sobre este ser seu mundo dos mortos e sua aparência claramente anormal ele teve dúvidas, mas, logo sentiu vergonha, pois, aquele ser havia falado sobre seu arrependimento, ainda assim, de sua boca escapou de maneira rápida

{Marcos: Quem... Isso tudo foi minha punição... Obrigado... Quem é você?

{???: Eu sou aquele que sustenta e governa este reino dos mortos, um Deus que governa a morte, você pode me chamar de Okan por enquanto. Agora me diga, o que há de tão interessante em você que até o primeiro Deus se interessou?

Quando ouviu isto ele ficou sem palavras, não conhecia um primeiro Deus e nem mesmo podia dizer o porquê de este ter se interessado nele.

{Okan: Me parece justo que não saiba, nem mesmo eu sei...

Alguns instantes se passaram antes de que outra palavra fosse dita, o silencio, por mais ensurdecedor logo se tornou um alivio para Marcos e um infortúnio para Okan, que esperava que o garoto abrisse a boca para se gabar ou algo do tipo somente para que sua sentença fosse aumentada. Qual não foi a surpresa de Okan quando Marcos quebrou o silencio com uma pergunta.

{Marcos: Faz bastante tempo que não falo com alguém. O que vem depois de agora?

{Okan: Sempre a mesma coisa... Eu deveria ter me desenvolvido como um deus da guerra ao invés de um deus da morte.

Disse Okan decepcionado, a final, todas as almas que passavam tanto tempo naquele pós vida ficavam um tanto como Marcos e faziam perguntas similares. Soltando um suspiro e se ajeitando no trono para ficar mais confortável ele pareceu até mesmo uma pessoa normal entediada.

{Marcos: Oi?

{Okan: Ah, nada, agora onde estávamos? Bla Bla Bla eu sou o deus da morte, hmmm, Bla Bla Bla, agora pode me olhar... Primeiro se interessou no garoto... Ah.

Marcos ficou confuso, ele nem mesmo percebia ou se lembrava que o trono em que Okan estava era feito com ossos, naquele momento ele estava bem calmo, como quem estava assentado observando o céu enquanto conversa com alguém a muito tempo conhecido. Por outro lado, Okan estava olhando para o vazio atrás de Marcos como se houvesse algo ali e após mexer um pouco com o dedo indicador direito no ar ele finalmente volta a falar.

{Okan: Pois bem, Marcos, seu nome será retirado de você pois este nome tem ligação a Marte, um... Ugh, Deus da guerra. E lhe será concedido acesso básico ao sistema guia e antes de continuar.

Logo, Okan limpou a garganta e com um meio sorriso continuou.

{Okan: Te dou duas opções.

Marcos teve seu nome retirado de si, o que ele sentiu foi um vazio maior que as trevas de antes, seguida por algo que ele não soube descrever com exatidão, era como se mente por algum motivo estava seguindo o fluxo das coisas, como se estivesse sendo aos poucos guiada.

{Okan: Pode receber minha benção e ficar um pouco mais ou avançar para seu destino.

Okan então se calou e a alma agora sem nome pareceu ficar imóvel no lugar, o moreno não tinha mais um nome para chamar de seu, aquilo fora a pior sensação que sentiu, estava perdido e longe de conseguir entender o porquê.

Okan claramente estava se divertindo com aquele sofrimento que ele impôs a alma do moreno, mas, toda aquela sua diversão durou pouco, nem mesmo ele havia sentido, mas, algo havia vindo de fora do mundo dos mortos, invisíveis a seus olhos e se aproximou do moreno e então sussurrou com uma voz tão calma e familiar que o moreno não podia deixar de crer que conhecia o dono daquela voz.

De seus olhos lagrimas verteram com as palavras que ouvira.

[Não aceite, a benção da morte não é nada mais que uma maldição e só traz dor. Mas tenha paciência, ele é muito complicado de se lidar quando fora de controle]

Aquelas foram palavras de iluminação para o moreno que olhou incrédulo para Okan, que o observava impaciente.

{Okan: Vamos, nem parece que ficou se atormentando por uma eternidade... O que escolhe?

E como que se a luz da sala diminuísse aos poucos, com as sombras crescendo impacientes, porém, a luz que antes era fraca a ponto de se ofuscar ao ambiente voltou a se tornar forte e se sobressaiu as sombras que se moviam como serpentes na sala tentando alcançar o moreno.

{Sem nome: Sua oferta é muito doce, mas, eu seguirei ao meu destino.

Okan então estala a língua e as sombras pararam de se mover e seu olhar desagradável olhou nos arredores da sala como se procurasse por qualquer ser que espreitasse, a final, qual era a chance de que a alma encontraria tanta luz em seu momento de maior perda? Aquilo por acaso era alguma piada que estavam fazendo com ele? Okan não podia deixar de sentir raiva, mas, ao mesmo tempo medo, pois, se agisse naquela situação causaria danos irreversíveis a uma alma que fora notada pelo primeiro.

{Okan: Pois... Bem... Eu ####### lhe garando acesso ao sistema de guia básico que somente pode ser retirado pelo criador do mesmo. Segundo a solicitação de ######## você deve ser enviado para o paraíso de ######## para iniciar seu re-nascimento e treino.

Neste momento um suspiro do deus do submundo seguido por um barulhinho de sino em sua cabeça fora ouvido.

[Ding!]

[Sistema de guia iniciando]

[Sistema sincronizado com a alma "Sem nome"]

[Sistema sincronizado]

[Plano de escolha | Status: selecionando]

[Plano de escolha para local de transmigração travado devido a ordem do primeiro deus]

[Enviando alma para plano espiritual do domínio de Vincent Rícinos]

[Sistema transmigrou alma do host com sucesso para: Éden MMXXI]

[Plano espiritual atual, número MMXXI coordenado pelo deus maior da criação: Vincent Rícinos]